Governo compromete <br>desenvolvimento do Alentejo
Os municípios abrangidos pelo Itinerário Principal 8 (IP8), que irá ligar Sines a Espanha, acusaram, na passada semana, o Governo de comprometer o desenvolvimento do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral ao adiar a construção do último troço de ligação à fronteira.
As obras dos primeiros quatro troços do IP8, que ligarão Sines a Beja, deverão avançar durante o primeiro semestre deste ano, mas a construção do troço Beja/Vila Verde de Ficalho, que permitirá a ligação a Espanha, foi adiada.
A decisão do Governo foi comunicada aos autarcas pelo secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, durante uma reunião que se realizou em Novembro.
Em declarações à Lusa, os autarcas comunistas de Beja, Serpa e Sines consideraram que o adiamento irá «comprometer» o desenvolvimento económico do interior e do Litoral do Alentejo.
Em causa, alertaram, está o aproveitamento do Aeroporto de Beja e do Porto de Sines, que consideram infra-estruturas «decisivas» para as regiões e que «dependem de uma auto-estrada» com ligação a Espanha.
«O aeroporto de Beja, que fica mais próximo do Porto de Sines, da costa alentejana e da zona raiana do que o aeroporto de Sevilha, só tem possibilidades de se desenvolver com uma ligação por auto-estrada até Espanha», alertou o presidente da Câmara de Beja, Francisco Santos.
Para o autarca de Sines, Manuel Coelho, trata-se de «mais uma frustração» para o aproveitamento do Porto de Sines.
«Como um dos centros estratégicos da indústria e do transporte rodoviário e marítimo de todo o Ocidente europeu, o Porto de Sines precisa de uma infra-estrutura rodoviária rápida com ligação a Espanha, que assegure a ligação ao resto da Europa», defendeu.
O IP8, em plataforma de auto-estrada, deverá começar a ser construído pelo troço Sines/Santiago do Cacém. Seguem-se os troços Santiago do Cacém/Nó de Grândola Sul, Nó de Grândola Sul/Ferreira do Alentejo e Ferreira do Alentejo/São Brissos (Beja), englobados numa única empreitada.
A decisão do Governo foi comunicada aos autarcas pelo secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, durante uma reunião que se realizou em Novembro.
Em declarações à Lusa, os autarcas comunistas de Beja, Serpa e Sines consideraram que o adiamento irá «comprometer» o desenvolvimento económico do interior e do Litoral do Alentejo.
Em causa, alertaram, está o aproveitamento do Aeroporto de Beja e do Porto de Sines, que consideram infra-estruturas «decisivas» para as regiões e que «dependem de uma auto-estrada» com ligação a Espanha.
«O aeroporto de Beja, que fica mais próximo do Porto de Sines, da costa alentejana e da zona raiana do que o aeroporto de Sevilha, só tem possibilidades de se desenvolver com uma ligação por auto-estrada até Espanha», alertou o presidente da Câmara de Beja, Francisco Santos.
Para o autarca de Sines, Manuel Coelho, trata-se de «mais uma frustração» para o aproveitamento do Porto de Sines.
«Como um dos centros estratégicos da indústria e do transporte rodoviário e marítimo de todo o Ocidente europeu, o Porto de Sines precisa de uma infra-estrutura rodoviária rápida com ligação a Espanha, que assegure a ligação ao resto da Europa», defendeu.
O IP8, em plataforma de auto-estrada, deverá começar a ser construído pelo troço Sines/Santiago do Cacém. Seguem-se os troços Santiago do Cacém/Nó de Grândola Sul, Nó de Grândola Sul/Ferreira do Alentejo e Ferreira do Alentejo/São Brissos (Beja), englobados numa única empreitada.